A companhia área brasileira Varig continuará gerenciando a Pluna, da qual tem 49% das ações, por mais dois meses, segundo acordo feito com o Estado uruguaio e divulgado nesta sexta-feira por fontes empresariais.
As mesmas fontes garantem que ambas as partes estão definindo formas de capitalizar a companhia aérea uruguaia.
“Concordamos em manter o acordo que a Varig tem para conduzir a gerência da Pluna até o dia 27 de junho, mas, ao mesmo tempo, as autoridades uruguaias terão participação na gestão e na direção da empresa”, disse Carlos Bouzas, presidente da Pluna, em declarações dadas à Rádio Carve de Montevidéu.
O anúncio foi feito um dia antes de que vencesse o prazo que a Varig tinha para decidir se continuava na Pluna ou não.
“Hoje obtivemos um acordo para a liberação de fundos e para aliviar a angústia financeira da Pluna”, assinalou Bouzas, que indicou que o acordo de capitalização “inclui uma fórmula econômica um pouco complexa” que ainda está em estudo.
“Além disso, se a Varig achar conveniente e com o aval da Pluna, poderá vender seu pacote de ações”, assinalou o funcionário.
Há dez anos a Pluna, que era 100% estatal, se transformou em uma sociedade anônima na qual a Varig possui 49% das ações, o Estado uruguaio, 48%, um grupo de investidores locais, 2% e o restante 1% está nas mãos dos trabalhadores da empresa.
O possível novo investidor “não tem porque ser outra companhia de aviação”, acrescentou Bouzas, designado pelo governo de Tabaré Vázquez, que assumiu em 1º de março.
Bouzas classificou como “complexa mas não extrema” a situação financeira da empresa.
“A situação tem solução e a estamos buscando com os amigos da Varig”, afirmou o presidente da Pluna.
Na quinta-feira, uma vez finalizada sem acordo a primeira reunião, Bouzas disse que “a angústia financeira é fruto da gestão levada a cabo pela Varig” e que ela tinha que enfrentar sua responsabilidade.
FONTE: Aviação Brasil / EFE – Invertia via EFE – São Paulo/SP