Foto: Alexandre Barros

A companhia opera no Brasil desde 15 de fevereiro de 1946, quando a FAMA iniciou os voos entre Buenos Aires – Montevidéu, Rio de Janeiro – Belém – Port of Spain.

A Aerolineas Argentinas foi criada em 3 de maio de 1949 através do conglomerado de 4 empresas (ALFA, ZONDA, FAMA e Aeroposta). A Aeroposta da Argentina, que havia sido criada em 1928 para operar voos de passageiros e correios entre Bahia Blanca e Comodoro Rivadavia, além de uma rota para o Paraguai criada em 1929.

A Alfa, criada em maio de 1946 mas que já operava desde 1939 como Corporacion. Esta empresa possuía uma frota de Douglas DC-3 comprados após a II Guerra Mundial. Um detalhe é que a ALFA foi a primeira empresa estrangeira a comprar um avião britânico pós guerra.

FAMA – Flota Aerea Mercante Argentina, fundada em 8 de fevereiro de 1946, com participação do Estado. A FAMA voou com Douglas DC-4 para Londres, Roma e Madrid. Sua frota ainda teve aeronaves Douglas DC-6, Avro Lancastrians, Avro Yorks e Vikings.

Finalmente a ZONDA, Zonas Oeste y de Norte Aerolineas Argentinas, fundada em 23 de fevereiro de 1946, operando voos entre Buenos Aires e Salta com Douglas DC-3 e Convair 240.

A grande empresa sul-americana iniciou suas operações para o Brasil em 17 de Setembro de 1949, escalando em nosso país com os DC-4. Em 21 de março de 1950 seu Douglas DC-6 fazia a primeira linha internacional, para Nova York, substituindo o DC-4 da FAMA.

Em setembro de 1950 os Convair CV-240 da ZONDA passaram a atender Córdoba, Mendoza e Santiago. Somente em 7 de dezembro de 1950 é que a Aerolineas conseguiu realizar toda a integração de rotas.

No início de 1953 o Douglas DC-4 abriu um novo serviço para a Santa Cruz de la Sierra que foi estendida a Lima, no Peru, um ano após.

Em abril de 1958 a Aerolineas encomendou 6 De Havilland Comet IV. Em 16 de abril de 1959 introduziu o conceito do avião a jato no país, com o De Havilland Comet IV, na rota Buenos Aires – Santiago.

Em 19 de maio os Comet IV passaram a voar para Roma, Frankfurt, Paris e Londres, com escalas no Rio, Recife, Dakar e Madrid, e em 7 de junho iniciou a linha de New York via Rio e Port of Spain.

Em 14 de março de 1961 a Aerolineas encomendou 9 Avro 748 e 3 Sud Caravelle. Em 15 de fevereiro de 1962 a empresa começou a operar o Avro 748 em substituição aos Convair 240 na linha entre Buenos Aires e Punta del Este e em 2 de abril Bahia Blanca.

Em 15 de fevereiro de 1965 encomendou 4 Boeing 707-320B que chegaram em 15 de dezembro de 1966 para operar as linhas internacionais (New York foi o primeiro destino em 3 de abril de 1967) no lugar dos Comet IV, que operaram em linhas regionais da empresa até o início dos anos 70.

Em 1967 foram encomendados 2 NAMC YS-11 e 6 Boeing 737-200. Em 1968 a Aerolineas operou dois NAMC YS-11 Samurai, de procedência japonesa. Em fevereiro de 1969 a empresa passou a voar para Los Angeles com escalas em Lima – Bogotá e México. Em meados dos anos 60 o Boeing 727-200 foi apresentado para as rotas domésticas.

Em 2 de abril de 1973 a Aerolineas passou a voar para Capetown, na África do Sul, em voos quinzenais. Em 6 de maio foi a vez de Miami, que começou a ter voos sem escalas.

Em janeiro de 1975 comprou dois Boeing 747 que chegaram em 1977 para substituir o Boeing 707 em algumas rotas. No início de 1975 chegaram 3 Fokker F28 para substituir os Avro 748 e foram empregados em voos do Aeroparque para Montevidéu. Em 1976 os Boeing 707-387B da companhia atendia as seguintes rotas internacionais:

  • Buenos Aires (Ezeiza) – Bogotá – Caracas
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Campinas – Rio de Janeiro – Madrid – Paris – Londres
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Campinas – Rio de Janeiro – Madrid – Roma – Frankfurt
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Campinas – Rio de Janeiro – New York
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Capetown
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Caracas
  • Buenos Aires (Ezeiza) – La Paz
  • Buenos Aires (Ezeiza) – La Paz – Lima – Miami
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Lima – Los Angeles
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Lima – Bogotá – México – Los Angeles
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Campinas – Rio de Janeiro – Madrid –
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Madrid – Roma
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Madrid – Roma – Zurich – Frankfurt
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Madrid – Zurich
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Miami – New York
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Rio de Janeiro – New York
  • Buenos Aires (Ezeiza) – Santiago – Lima – Miami

Em dezembro de 1978 chegou o primeiro Boeing 727-200 para operar em rotas domésticas de maior densidade.

Em abril de 1981 a empresa iniciou voos com Boeing 747SP na rota Buenos Aires – Auckland, na Nova Zelândia. Em setembro daquele ano o voo transpolar tornava-se semanal e passou a ser realizado pelo Boeing 747-200B. Em dezembro de 1988 começou a voar para Sydney, na Austrália, e atendia São Paulo com dois voos diários.

Em 21 de Novembro de 1990, 30% de seu controle acionário foi vendido para a Iberia, da Espanha. Em 1991 encomendou 4 McDonnell Douglas MD-88. Em 1992 algumas linhas domésticas foram passadas para a Austral e uma demissão de 1000 funcionários foi realizada.

Em 1994, chegaram os Airbus A310, vindos da Delta Airlines, para operar em rotas latino americanas. Estas aeronaves operaram até maio de 2000.

Em 1996 a empresa criou um hubby em Miami que permitia sua operação no Canadá e Caribe através de rápidas conexões utilizando um Boeing 727-100 arrendado da Av Atlantic. Naquele momento transferiu também 6 Boeing 727-200 para a Viasa.

Em 1997 a Iberia reduziu sua participação na empresa. Em maio de 1999 foi criada a Aerolineas Argentinas Express, que ligava Córdoba com mais 10 destinos domésticos, voando com BAe Jetstream 32. O projeto durou até junho de 2001, quando a AeroVip suspendeu suas operações como Aerolineas Argentinas Express.

Em 1999 a Aerolineas encomendou 12 Airbus A340, sendo 4 da versão 200, 2 da versão 300 e 6 da versão 600. No final do ano 2000 a Iberia retirou sua participação na empresa. Neste mesmo ano a empresa retirou dois Airbus A-310 de operação.

Em Julho de 2001 chegou a suspender boa parte de seus voos, inclusive São Paulo, Rio de Janeiro, New York, Los Angeles e a rota transpolar para a Austrália.

Em janeiro de 2002 retomou os voos internacionais suspensos. Em março de 2002 reiniciou os voos para New York e em junho para Madrid com o Airbus A340-200. Em 2003 lançou a Aerolineas Argentinas VIP, com serviços executivos a bordo do Boeing 737-200.

Em 2004, dentro de um plano de investimentos, encomendou quatro Boeing 747-400 e 45 Boeing 737-300 e 737-500. Em junho de 2005 a empresa lançou a companhia Aerolineas del Peru, com 49% das ações com o grupo Marsans e 51% com empresários peruanos.

No início de agosto de 2006 o grupo Marsans encomendou 22 aeronaves A330 da Airbus, sendo que 10 delas seriam utilizadas na Aerolineas Argentinas, fato que não se concretizou em razão da saída da Marsans em 2008.

Em 2008 o governo assumiu o controle da empresa para evitar uma paralisação de suas atividades. Aeronaves como os Boeing 737-200 e os Airbus A310 foram retirados visando reestruturação e economia.

Em 2010 adquiriu 20 aeronaves Airbus A330/A340 do fabricante que gradativamente foram chegando a frota da empresa. Os Boeing 737-700 foram arrendados da Gecas e paralelamente encomendados 20 Embraer 190, porém, para a frota da Austral.

Em 2011 retomou a rota para o México. Em 31 de janeiro de 2012 ocorreu  o último voo com um Boeing 747 após três décadas de operação.  Neste mesmo ano passou a fazer parte da aliança SkyTeam.

Em 2014 adquiriu 4 Airbus A330-200 e ampliou também seu acordo de codeshare com a Gol Transportes Aéreos. Em 2015 novos acordos foram realizados, com a Aeroflot, Delta Airlines, Korean Air, Sol Lineas Aereas e Sky Airline, do Chile. Em 12 de maio retomou voos para Madrid, anteriormente operados pelos Boeing 747-200, mas agora, com Airbus A330-200.

Em 2017 deixou de voar para Belo Horizonte (Confins) e começou a operar em Curitiba. Além da capital paranaense, a companhia inaugurou a rota Rio de Janeiro – Córdoba naquele ano, que opera em período de alta temporada.

No início deste ano passou a operar de Florianópolis para Rosário e de Salvador para Córdoba, também voos sazonais.

Desde abril de 2019 o Aeroporto Jorge Newbery (Aeroparque), passou a receber somente voos domésticos e com destino a Montevidéu. Com isso, os voos para Buenos Aires passaram a ser operados somente no Aeroporto de Ezeiza.

As aeronaves empregadas em voos para o Brasil são o Boeing 737-800NG e o Boeing 737-MAX 8, este último, por enquanto, não está operando no Brasil, mas a companhia iniciou a retomada de operações com esta aeronave.

A Aerolineas Argentina retomou em abril de 2022 um voo diário entre Buenos Aires e Madri.

Recorde-se que a Aerolineas Argentinas não opera diariamente para Madrid desde março de 2020, altura em que começaram as restrições a nível mundial.

A empresa anunciou o retorno dos voos entre Roma e Buenos Aires. Com data de retorno confirmada a partir de 2 de junho, funcionará todas as terças, quintas e domingos, com saída às 22h50 do Aeroporto Internacional de Ezeiza e chegada ao aeroporto de Fiumicino às 17h.

Enquanto o retorno está previsto para as 19h15 de Roma e chegada a Buenos Aires às 4h40, permitindo assim a conexão com voos partindo de Ezeiza para os principais destinos turísticos da Argentina.

A partir do mês de julho de 2022, a Aerolineas Argentinas começará a voar de São Paulo às cidades de Salta e San Miguel de Tucumán com três voos semanais.

O voo entre São Paulo e Salta será operado por um Boeing 737 Max com capacidade para 170 passageiros. O novo destino, que entra em operação em 4 de julho, se conectará a Tucumán e outros destinos argentinos.

Além disso, a Aerolineas Argentinas anunciou o aumento das frequências de São Paulo a Buenos Aires, que desde o início de abril conta com 21 voos semanais e até julho passará a ter 28 voos semanais na mesma rota e 14 voos semanais do Rio de Janeiro a Buenos Aires. Também terá quatro voos semanais de São Paulo a Bariloche.

Abaixo os números de passageiros e carga transportados de e para o Brasil nos últimos cinco anos

Mapa de Voos Operados no Brasil

Mapa de Rotas da Aerolineas Argentinas para o Brasil – Março de 2022

Rotas operadas nos últimos 5 anos com passageiros de e para o Brasil

A Aerolineas Argentinas operava em sete cidades brasileiras em 2017, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Porto Seguro, Rio de Janeiro (Galeão), Salvador e São Paulo (Guarulhos). Em 2018 operou em Foz do Iguaçu, excepcionalmente, devido obras no Aeroporto de Puerto Iguazu, na Argentina. Em 2019 começou a migrar seus voos internacionais do Aeroparque para Ezeiza. Com a pandemia de Covid-19, o movimento de 2020 foi atípico, bem abaixo do normal. Com o avanço da vacinação em 2021 a companhia começa a retomar suas operações. Neste ano houveram operações não regulares para as cidades de Belo Horizonte, Cuiabá e Fortaleza.

Rotas operadas nos últimos 5 anos com carga de e para o Brasil

O volume de carga da companhia é mais destino a bagagem dos passageiros em voos comerciais, sem muita análise a ser realizada, conforme quadro abaixo.

Voos em Operação de e para o Brasil

Participação de Mercado – Passageiros

Em 2021, até agosto, a Aerolineas Argentinas transportou 42.878 passageiros, o que representa -86,38% comparado com o ano anterior, quando foram transportados 314.801 passageiros. Esse movimento, já na pandemia, é -69,47% menor se comparado com 2019, quando foram transportados 1.031.205 passageiros.

Aerolineas, Gol e Latam Brasil disputavam fortemente o mercado de passageiros em 2019 e 2020, até a chegada da pandemia. No momento, com o retorno gradativo dos voos entre os dois países, a Aerolineas Argentinas lidera com quase 62% dos passageiros sentido Argentina e também no sentido contrário.

Participação de Mercado – Carga

Também até agosto, a companhia transportou 49.457kg de carga, o que representa -60,15% comparado com o ano anterior, quando foram transportados 124.105kg de carga. Esse movimento, foi -22,84% menor se comparado com 2019, quando foi transportado 160.847kg de carga.

Na rota entre os dois países, a UPS é a líder no volume de cargas com 38% dos embarques na ida, seguida pela Latam Cargo Brasil, com 37%. No sentido Brasil estamos falando de quase 82% do transporte somente pela UPS.

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