Atualizamos os números do Aeroporto Internacional de São Paulo, Guarulhos, o GRU Airport. Neste trabalho inédito apresentamos informações do histórico de passageiros embarcados e desembarcados no aeroporto de 2000 a 2020, a participação de mercado das empresas em operações domésticas e internacionais dos últimos 5 anos, entre 2016 e 2020, e finalizando com os voos vigentes no aeroporto.

Vejam os números operacionais do aeroporto, atualizados pelo Portal Aviação Brasil

A pandemia reduziu em mais de 50% o volume de passageiros que embarcaram e desembarcaram em Guarulhos em 2020. O aeroporto, que apresentou crescimento nos últimos 3 anos, saltando de 36 milhões de passageiros em 2016 para 44,5 milhões em 2019, assim como os demais aeródromos no mundo, sentiu o vazio dos saguões no pico da pandemia de Covid-19 em 2020. O resultado foi uma queda de 54% nos passageiros embarcados e desembarcados em 2020.

Participação de mercado dos últimos 5 anos, das empresas que operam em Guarulhos, voos domésticos de passageiros

Entre 2016 e 2018 estava claro que Latam Brasil e GOL teriam uma concorrência cada vez maior no aeroporto com a Avianca Brasil. Porém, com a quebra da empresa em 2019 o que se viu foi um crescimento desse duopólio no aeródromo e uma estagnação da Azul, onde ficou claro que a preocupação da companhia era fortalecer seu hub em Campinas e crescer em Congonhas. 

A GRU Airport registrou em todo o mês de setembro de 2022 a movimentação de 3,03 milhões de passageiros.

Já o Terminal de Cargas (Teca) teve um total de 24,7 mil toneladas transportadas no período.

Durante o mês de setembro, o aeroporto contabilizou 2,04 milhões de passageiros provenientes de voos nacionais. Já o tráfego internacional foi responsável por 32,6% do volume total de passageiros transportados em setembro, registrando 32,9 mil viajantes por dia. Ao todo, foram 20.868 pousos e decolagens no período.

Atualmente, o aeroporto conta com 31 empresas nacionais e internacionais operando regularmente para 44 destinos fora do país. Há voos internacionais regulares para Adis Abeba, Amsterdã, Assunção, Atlanta, Barcelona, Bariloche, Bogotá, Buenos Aires, Cidade do México, Cidade do Panamá, Cochabamba, Córdoba, Dallas, Doha, Dubai, El Calafate, Frankfurt, Houston, Chicago, Istambul, Lima, Lisboa, Londres, Luanda, Madri, Medellin, Mendoza, Miami, Milão, Montevideo, Montreal, Newark, Nova York, Orlando, Paris, Porto, Punta Cana, Punta del Este, Roma, Salta, Santa Cruz, Santiago, Toronto, Zurique.

Em setembro, o Terminal de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional de São Paulo registrou o transporte de cerca de 24,7 mil toneladas de produtos referentes à carga internacional operada no terminal, entre importação e exportação. Não estão incluídos os volumes movimentados pelos correios, tampouco a carga doméstica.

Entre os produtos mais transportados no período estão os itens do segmento automotivo, fármaco e maquinário. Destaque ainda para o segmento de remessas expressas, que se beneficia da extensa malha aérea de GRU e de operações dedicadas para aumentar a velocidade de entrega.

O Teca de GRU é o maior complexo aeroportuário do Brasil, em uma área de aproximadamente 100 mil m², e conta com o maior complexo frigorífico em aeroportos do Brasil, com cerca de 30.000 mil m³ de capacidade de armazenamento de importação e exportação. As 24 câmaras frias alcançam todos os ranges de temperatura e atendem todos os tipos de produtos. Além disso, o espaço conta com 440 posições para contêineres refrigerados na importação.

Participação de mercado dos últimos 5 anos, das empresas que operam em Guarulhos, voos internacionais de passageiros

Este quadro é interessante, não só por podermos analisar crescimento de mercado mas como uma forma de analisar as empresas que deixaram de operar no aeroporto entre 2016 e 2020, assim como aquelas que surgiram na operação. Das mais significativas a Avianca Brasil e Peru, Cubana, Etihad Airways, Korean Air e Singapore Airlines deixaram de operar. Iniciaram operações empresas como Amaszonas Bolivia, FlyBondi, JetsMart e Sky Airline.

Um pouco mais de história…

Em 20 de janeiro de 2020 o Aeroporto Internacional de São Paulo, GRU Airport, completou 35 anos de operações. A Infraero, administrou o aeroporto desde sua inauguração, em 20/01/1985, até 6 de fevereiro de 2012, quando o consórcio formado pelas empresas Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.) e ACSA (Airports Company South Africa) foi anunciado o vencedor do leilão de concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, e passou a administrá-lo.

Com a assinatura do contrato foi formada a Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A., com 51% das ações pertencentes à Grupar (grupo Invepar e ACSA) e 49%, à Infraero. Dos 51% da iniciativa privada, a Invepar tem participação de 80% e a ACSA, de 20%.

Em 2/12/2015 o GRU Airport realizou a mudança na numeração de seus terminais, visando estabelecer uma sequência lógica entre eles e, com isso, facilitar a orientação dos passageiros. Com a remuneração, o antigo Terminal 4 passou a ser 1 e os Terminais 1 e 2 foram unificados e passaram a ser o atual Terminal 2. O Terminal 3 manteve sua numeração.

A nova nomenclatura consistiu também na remuneração dos portões de embarque e check-ins, mudança que aconteceu em 17/11/2015. Assim, o Terminal 1, por exemplo, passou a ter portões com numeração a partir de 100. O Terminal 2, a partir de 200, e o Terminal 3, de 300. A mesma numeração vale para as esteiras de restituição de bagagens dos seus respectivos terminais.

Já a identificação dos check-ins por terminal ficaram desta forma: check-in “A” no Terminal 1, check-ins “B”, “C”, “D” e “E” no Terminal 2 e check-ins “F”, “G” e “H” no Terminal 3.

Pátio e Pistas

Para atender aos voos internacionais do Terminal 3, foram construídos dois pátios de aeronaves. Juntos, eles possuem capacidade para 34 aeronaves, sendo 20 com pontes de embarque.

Desde que a Concessionária assumiu a gestão do aeroporto, o número de vagas de aeronaves aumentou de 80 posições no período pré-concessão para 124 atuais. Além disso, foi instalado um moderno sistema de estacionamento automático de aeronaves – VGDS ( Visual Docking Guidance System ), que trouxe maior segurança e eficiência às manobras de estacionamento das aeronaves.

Em fevereiro de 2014, foi autorizada a operação da nova pista de taxiamento. A pista aumenta consideravelmente a eficiência operacional do aeroporto, na medida em que reduz o tempo de movimentação das aeronaves em solo.

Desde agosto de 2015 o aeroporto passou a operar com sistema de aproximação de aeronaves por instrumentos CAT IIIA, que possibilita o pouso das aeronaves em condições de até 200 metros de visibilidade.

Para operação neste sistema, além do aeroporto, as aeronaves precisam estar equipadas e os pilotos treinados e certificados para operar o CAT IIIA.

Diante de um cenário extremamente desafiador em 2020/21, e com a diminuição da capacidade dos voos internacionais de passageiros, a equipe do Terminal de Cargas de GRU trabalha para manter o setor aquecido.

No mês janeiro de 2021 duas companhias iniciaram operações não regulares no TECA. Uma delas é a Scandinavian Airlines System, SAS, uma linha aérea multinacional da Suécia, Noruega e Dinamarca. A outra empresa é TUI Airlines, companhia aérea holandesa de charter que opera de um hub no Aeroporto de Amsterdã-Schiphol. Ambas empresas vieram para o Brasil para abastecer o setor automotivo e criar oportunidades de novos negócios em meio a uma pandemia sem precedentes.

Voos em Operação

 

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