A indústria de aviação comercial vai demandar 466.650 pilotos e 596.500 trabalhadores de manutenção, nos próximos 20 anos, para acomodar a forte demanda por aeronaves novas e de substituição, de acordo com a avaliação de previsão da equipe da Boeing . As empresas aéreas precisarão de cerca de 23.300 novos pilotos e 30.000 funcionários de manutenção, por ano, de 2010 até 2029.
A previsão da equipe da Boeing é baseada no Current Market Outlook – estudo da Boeing que reúne as perspectivas da aviação para os próximos 20 anos -, amplamente considerado como a análise mais compreensiva e respeitada do mercado de aviação comercial. “Quando você soma todos os números, você rapidamente entende as questões que a indústria vem enfrentando”, disse Roei Ganzarski, chefe de Atendimento ao Cliente, da Boeing Training & Flight Services. “O nosso desafio é adaptar o nosso treinamento para engajar a futura geração de pessoas que irão voar e manter mais de 30.000 aviões que serão entregues até 2029”.
O maior crescimento de pilotos e pessoal de manutenção estará na região da Ásia Pacífico, com a necessidade de 180.600 e 220.000 profissionais respectivamente. Dentro da Ásia, a China vivenciará a maior necessidade de pilotos e trabalhadores de manutenção – 70.600 e 96.400 respectivamente.
A América do Norte irá precisar de 97.350 pilotos e 137.000 profissionais de manutenção. A Europa precisará de 94.800 novos pilotos e 122.000 trabalhadores de manutenção. A África demandará 13.200 pilotos e 15.000 em pessoal dedicado a manutenção. O Oriente Médio precisará de 32.700 novos pilotos e 44,500 funcionários de manutenção. A América Latina precisará de 37.000 pilotos e 44,000 profissionais de manutenção. A Comunidade dos Estados Independentes (CIS) precisará de 11.000 pilotos e 14.000 funcionários para manutenção de suas aeronaves.
“Para acomodar essa crescente demanda, será vital conciliar o treinamento com os estilos de aprendizado dos estudantes que virão”, disse Ganzarski. Durante o recente Simpósio de Treinamento de Aviação da Ásia-Pacífico, que aconteceu em Kuala Lumpur, Ganzarski reforçou a necessidade de mudanças nas metodologias atuais de treinamento. “Como indústria, precisamos nos adaptar aos estilos de aprendizado de amanhã – com pilotos e mecânicos muito mais familiarizados com novas tecnologias – e garantindo que o treinamento seja globalmente acessível e adaptável às necessidades individuais e de acordo com a capacidade de absorção de cada um.