O Grupo Emirates registrou lucro pelo 23º ano consecutivo, com um desempenho recorde de US$ 1,6 bilhão, apesar do ambiente empresarial desafiador.
“Os resultados recordes demonstram que estamos no caminho certo para ultrapassar as fronteiras da aviação, questionando normas e defendendo a concorrência aberta e leal. Apesar dos desafios imprevistos, como instabilidade política e chocantes desastres naturais, conseguimos, com muita determinação, agilidade e decisões rápidas, produzir nosso melhor resultado de todos os tempos”, declarou Sheikh Ahmed, CEO da Emirates Airline & Group.
Em face aos muitos desafios políticos e naturais, a receita do Grupo Emirates aumentou 26,4%, chegando ao nível de US$ 15,6 bilhões. A alta receita tem sido o principal fator para o desempenho financeiro recorde. O saldo em caixa cresceu substancialmente e bateu a marca de US$ 4,4 bilhões.
A performance excepcional do grupo no último ano fiscal deve-se muito à destreza e habilidade para se adaptar rapidamente às condições do mercado. Apenas nos primeiros seis meses, a Emirates foi capaz de capitalizar sobre a forte demanda graças à sua extensa malha aérea e aos seus produtos de alto padrão.
Já no segundo semestre, com a instabilidade política em varias regiões do mundo, a empresa conseguiu rapidamente ajustar a operação de seus voos, realocando aeronaves para equilibrar a malha aérea e otimizar a receita. A capacidade da companhia de gerar receita em meio a um ambiente de negócios instável permitiu que ela se protegesse parcialmente contra o aumento do preço dos combustíveis.
“O bom resultado financeiro é uma indicação clara de nossa incansável força de trabalho, com 57 mil pessoas. Operando sem subsídios e com um modelo de negócio muito bem pensado, nossa equipe tem sido capaz de enfrentar adversidades de todos os níveis”, acrescentou Sheikh Ahmed.
A preferência dos clientes pelos produtos da Emirates ajudou a empresa a alcançar um crescimento acentuado nas vendas, um retorno financeiro recorde e o maior número de passageiros já transportados.
“A Emirates continua a rejeitar as limitações do setor de aviação, defendendo um ambiente competitivo de “céu aberto”, inegavelmente bom para o consumidor. Os clientes estão no foco de nossas operações, o que fica evidente nos 31,4 milhões de passageiros que voaram conosco no último ano fiscal, um aumento de 14,5% ou de 4 milhões de passageiros”, concluiu Sheikh Ahmed.
Cumprindo com os compromissos financeiros, um montante líquido de US$ 500 milhões foi usado para pagar um título que venceu em 24 de março de 2011. O título, listado na Bolsa de Luxemburgo, foi originalmente lançado em 2004 com uma validade de sete anos.
O relatório de resultados 2010-11 reflete os sucessos de todo o Grupo Emirates. “Estar aberto à concorrência, a novas ideias e, sobretudo, ao futuro garante que estejamos à frente do jogo. Saber que continuamos a atender às expectativas dos clientes e a motivar colaboradores é uma verdadeira medida de sucesso”, continuou Sheikh Ahmed. “Olhando para frente, não temos intenção de mudar a estratégia de investir em nosso negócio e focar na qualidade dos serviços oferecidos. À medida que crescemos, somos ambiciosos o suficiente para acreditar que podemos estimular mudanças no cenário político da aviação, para o benefício da indústria e de seus consumidores”.
A receita da Emirates Airline cresceu extraordinários 25% e chegou a US$ 14,8 bilhões. O lucro da companhiade US$ 1,5 bilhão representou um aumento de 51,9 % em relação a 2009-10 (US$ 964 milhões).
A taxa de ocupação em 80% é o maior índice que a empresa já teve e uma conquista notável dado o incremento de 13% na oferta de assentos.
Os custos operacionais, em US$ 13,3 bilhões, foram 22,7% superiores aos do ano fiscal 2009-10. O resultado está relacionado ao aumento do preço dos combustíveis e aos níveis de atividade elevados, bem como ao crescimento do número global de funcionários e dos custos operacionais diretos, como manutenção de aeronaves.
O incremento de 41,2% no custo de combustível durante 2010-11, em US$ 4,6 bilhões, representou 34,4% do total de custos operacionais da companhia aérea, número próximo ao recorde de 2008-09. O fato é resultado direto da elevação de 26,5% no valor médio do galão de petróleo, bem como do crescimento do consumo total devido à capacidade maior oferecida.
A receita média de passageiros registrou aumento de 8,5% em relação a 2009-10.
Durante o ano, alinhada com o plano estratégico de crescimento, a Emirates aumentou significativamente sua demanda por novas aeronaves, adicionando 32 Airbus A380 e 30 Boeing 777-300ER à lista de encomendas. Os pedidos têm o valor de US$ 13,4 bilhões e elevaram o número total de aviões encomendados pela companhia para 193, somando US$ 66 bilhões.
A Emirates recebeu, nesse mesmo período, oito aeronaves, incluindo um Boeing 777-300ER e sete A380, a aeronave símbolo da empresa, expandindo sua frota para 148. A companhia aérea continua sendo a maior do mundo a operar o A380 (atualmente há 15 em operação) e o Boeing 777 (hoje são 86 em operação).
Expandindo sua presença global, a Emirates lançou rotas para seis novos destinos – Amsterdã, Praga, Al Medinah al Munawarah, Madrid, Dakar e Basra -, bem como aumentou frequência e capacidade para cidades com alta demanda em vários mercados, principalmente Estados Unidos, Ásia, Oriente Médio e África.
A Emirates continua a se beneficiar de uma base de receita diversificada, com nenhuma região contribuindo mais que 30%. Leste da Ásia e Austrália lideraram em 2010-11, com crescimento de receita de 30,9% para US$ 1 bilhão, seguidos de perto pela Europa, que teve aumento de 24,3%, para US$ 769 milhões graças aos três novos destinos de passageiros no continente e à elevação da capacidade por meio de aviões maiores.
A rede operada com o A380 pela Emirates também foi desenvolvida durante o ano e ganhou três novos destinos – Pequim, Hong Kong e Manchester -, além da aguardada volta do serviço com o A380 para Nova York.
A Emirates continuou a investir nos seus produtos inaugurando dois novos lounges nos aeroportos de Xangai e Nova Délhi, aumentando para 28 o número de salas. No total, a companhia investiu US$ 78 milhões em sua rede global de lounges.
Os funcionários também foram o foco da empresa no ano fiscal 2010-11: o número de empregados subiu 5,9% para 39 mil, um feito incrível para uma companhia aérea que apenas no ano passado comemorou seu jubileu de prata. Muitos deles foram contratados para trabalhar como tripulantes, co-pilotos e pilotos, devido às oito novas aeronaves entregues ao longo do ano e das que devem chegar em 2011-12.
A Emirates SkyCargo teve um incremento na receita de 27,6% para um recorde de US$ 2,4 bilhões, graças à recuperação mundial no tráfego de cargas. As toneladas transportadas subiram 11,8% em relação ao ano passado para 1.767 toneladas.
A receita da SkyCargo representou 17,4% do total da companhia aérea. O resultado representa, mais uma vez, uma das mais altas contribuições, se comparado a qualquer empresa com uma frota semelhante no mundo.
Durante o ano, a Emirates SkyCargo lançou quatro destinos exclusivos para o transporte de cargas: Almaty, Bagram, Campinas e Erbil. E a frota de aviões cargueiros chegou a sete.
Já a divisão Destination and Leisure Management (D&LM) vendeu US$ 299,7 milhões em pacotes turísticos ao longo do ano, um aumento de 10% em relação ao mesmo período anterior.
Outro marco foi alcançado pelo Grupo Wolgan Valley Resort e Spa, o primeiro resort de luxo em uma área de conservação na Austrália. O grupo recebeu o prêmio Overall Commitment to Excellence Award da Leading Hotels of the World, além de vencer na categoria Meio Ambiente.
Para a Dnata o ano fiscal 2010-11 foi de forte expansão internacional, tornando-se a quarta maior prestadora de serviços aéreos do mundo. A receita da empresa atingiu pela primeira vez na história a marca de US$ 1,2 bilhão, 39,4 % acima da do ano anterior. O crescimento substancial é resultado do incremento da receita proveniente das operações aeroportuárias e das linhas de movimentação de negócios no transporte de carga, além da aquisição do Grupo Alpha Flight Ltd, em dezembro de 2010.
Durante o ano fiscal 2010-11, o terceiro maior fluxo de receita para a Dnata veio do catering, saltando 438,3% para US$ 156,9 milhões, graças à aquisição do Grupo Alpha. Embora tenha sido contabilizado apenas a partir de 31 de dezembro de 2010, o Alpha já enviou 8,4 milhões de refeições para os céus a partir de 61 aeroportos em 11 países. Com a presença do grupo, a receita total do Dnata para o ano 2011-12 deve dobrar em relação a 2009-10 e chegar a US$ 1,6 bilhão.
Apesar do impacto com a aquisição dos grupos Plane Handling e Alpha, a Dnata fez o segundo maior lucro de sua história: US$ 152,6 milhões. Os custos operacionais da empresa em 2010-11 foram de US$ 1,1 bilhão.
O número de aviões atendidos pela Dnata durante o ano cresceu 21,1% para 232.585, principalmente devido aos negócios internacionais. O total de carga transportada aumentou 33,3 % para 1.494 toneladas.
Expandir estrategicamente a presença global e o reconhecimento da marca foi o principal objetivo da Dnata no ano. A aquisição do Alpha é a maior até hoje, ampliando para 94 cidades em 37 países a rede atendida pela empresa.
Comprometida com inovação e satisfação do cliente, a divisão de viagens da Dnata lançou um aplicativo de iPad exclusivo que ajuda os clientes a organizarem planos de viagem em qualquer parte do mundo de uma maneira rápida e conveniente.
Desbravando novos caminhos, a Dnata se tornou o primeiro provedor de serviços aeroportuários na Suíça a obter a certificação de segurança emitida pela IATA para operações em terra (IATA´s Safety Audit for Ground Operations, ISAGO), concebida para melhorar a qualidade e a segurança do serviço. As operações da Dnata no Paquistão também obtiveram a mesma certificação.
A força de trabalho da Dnata cresceu substancialmente 35,1% para quase 18 mil funcionários devido à aquisição do Grupo Alpha. No total, 46,9% dos empregados da empresa hoje trabalham fora de Dubai.
Em 31 de março de 2011, o Grupo Emirates e suas subsidiárias empregavam 57 mil funcionários de 163 nacionalidades.