As perdas provocadas pela erupção do vulcão da Islândia, em Abril, e o agravamento do preço do petróleo penalizaram os resultados da TAP no primeiro semestre de 2010, embora minimizados pelo crescimento de 15,2% da operação (PKU).
A taxa de ocupação dos aviões registou igualmente um aumento significativo, ultrapassando os 71,2%, contra os 64,4% verificados no mesmo período de 2009.
Nos primeiros seis meses de 2010, a TAP transportou mais de 4,073 milhões de passageiros, mais 5,7% do que em 2009, com crescimentos expressivos de 33,5% no tráfego do Brasil e de 12,3% em África, e registou um resultado líquido negativo de 36,9 milhões de euros.
Este valor representa, contudo, um aumento de apenas 27,1 milhões em relação ao apurado no mesmo período de 2009, graças às ações desenvolvidas pela empresa no sentido de minimizar o impacto do agravamento de 70 milhões na fatura do combustível e dos 22 milhões das perdas resultantes da erupção do vulcão islandês.
O custo do combustível agravou-se em 44,4%, passando de 157,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2009 para 227,7 milhões entre Janeiro e Junho do corrente ano.
A erupção, em Abril, do vulcão contribuiu igualmente para que este fosse o único mês do semestre em que a TAP registou uma redução no tráfego de passageiros (menos 7,8%), tendo aumentado em todos os restantes cinco meses, entre 3,7% em Janeiro e 13,9% em Junho.
A sazonalidade que caracteriza a operação da TAP faz que os resultados do primeiro semestre sejam habitualmente inferiores aos da segunda metade do ano e, embora se registre uma recuperação no setor, sobretudo fora da Europa, mantêm-se os fatores exógenos de incerteza que têm afetado a aviação comercial nos últimos dois anos.