Teremos o retorno dos voos comerciais no Aeroporto de Pampulha?

Foto: Reinaldo Deckleva

Na última terça-feira, dia 5, o Grupo CCR ofereceu o maior valor de outorga, sagrando-se vencedor no leilão de concessão do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, realizado, na sede da B3, em São Paulo, com uma proposta de R$ 34 milhões.

O aeroporto não é mais utilizado pela aviação comercial, que concentrou em Confins todas as operações da capital mineira. Mais o aeroporto tem uma grande história na cidade, que você pode ler clicando neste link. Para se ter uma ideia da movimentação do aeroporto, em 2004, foram embarcados e desembarcados 2.999.959 passageiros em voos comerciais regulares e não regulares, quando Confins teve 375.944 passageiros. Em 2005 houve grande mudança da maioria dos voos para Confins e a partir desse momento, ano após ano, Pampulha ficou destinado a aviação geral.

Ao vencer o leilão, o Grupo CCR passou a ser responsável pela exploração, ampliação e manutenção da infraestrutura do aeroporto, pelo período de 30 anos, além de prever investimentos de R$ 151 milhões na construção de um terminal para aviação geral, recuperação do pavimento e melhorias do acesso à pista, entre outros.

“Estamos muito satisfeitos com mais uma importante conquista no setor aeroportuário brasileiro. O Aeroporto da Pampulha irá possibilitar sinergias com os demais ativos administrados pela CCR Aeroportos, potencializando as vocações de cada terminal, de forma a ampliar as oportunidades, gerar empregos e renda e impulsionar ainda mais a economia do Estado”, celebrou Cristiane Gomes, presidente da CCR Aeroportos.

O Aeroporto da Pampulha, com área de quase 2 milhões de metros quadrados, está instalado próximo a atrações turísticas da capital mineira e é atendido por uma boa rede de transporte público, fator que amplia o potencial de integração e de oportunidades para a sua gestão.

Questionados pelo Portal Aviação Brasil, sobre se adquirir a concessão de Pampulha foi estratégico para não haver concorrência com Confins, ao qual o Grupo CCR tem participação, ou se haverá alguma previsão de operação de voos comerciais em Pampulha em um curto espaço de tempo?

O Grupo CCR enviou a seguinte nota:

“A participação do Grupo CCR no leilão e a realização de lances que levaram à conquista do Aeroporto da Pampulha passa por um plano de maximizar o potencial de negócios da região metropolitana de Belo Horizonte, gerenciando de forma integrada ativos operados pela CCR Aeroportos na região: Confins e Pampulha. Especificamente sobre o Aeroporto da Pampulha, a companhia deverá explorar todas as possibilidades previstas no edital, com projetos que irão contribuir para impulsionar o desenvolvimento da região, a geração de empregos e de renda.

A CCR enxerga um potencial para o mercado de aviação comercial e geral na região de BH na perspectiva de um sistema integrado, considerando as melhores práticas globais de regiões metropolitanas que compartilham dois aeroportos. Existem oportunidades de aumento de receitas tarifárias (ex. aviação geral internacional e fretamento) e não tarifárias (como o amplo potencial de investimento em imobiliário de logística, por exemplo).

A CCR irá explorar todas as possibilidades previstas no edital, com projetos que contribuirão para impulsionar o desenvolvimento da região, a geração de empregos e de renda. Como parte do estudo sobre o potencial comercial realizado para a elaboração da proposta, já foram feitos vários contatos com os principais operadores comerciais, shopping centers, logística etc. Essas conversas, no entanto, ainda evoluirão para uma etapa de definição e execução dos projetos, tão logo a CCR assuma a operação plena do aeroporto.

Sobre as definições das operações em Pampulha, a partir do leilão, que aconteceu nessa semana, será iniciado o processo de transferência do aeroporto para a gestão do Grupo. Nesse período serão feitos estudos mais aprofundados e serão detalhadas as ações que serão realizadas.”

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