A Iberia se formou como empresa de bandeira espanhola em 7 de Julho de 1940 mas sua história começou em 1921, vamos entender um pouco mais.
Em 13 de março de 1929 a CLASSA – Concesionaria Lineas Aereas Subvencionades, era criada para operar voos de Madrid para Barcelona, Canarias e Biarritz. Em 1932 a empresa foi dissolvida e repassada a LAPE – Lineas Aereas Postales Espanolas, porém esta com um propósito bem mais internacional com voos para Paris, Berlim e Geneva, utilizando um Fokker F7 e um Ford Trimotor. Em 1933 comprou em Douglas DC-2. Com a guerra civil espanhola no início de 1936, a LAPE suspendeu suas operações. Em 1940, com várias pequenas empresas atuando, o governo espanhol forçou estas empresas a formarem uma única empresa e forte, e foi assim que a Iberia apareceu em 1940 com os Junkers Ju-52 e 53 que eram utilizados pela Lufthansa na Espanha durante os anos 30.
Rapidamente a Iberia utilizou os Douglas C-47 Dakotas que foram abandonados na Espanha pela USAAF. As três aeronaves militares foram convertidas para passageiros. Em 1946, após a II Guerra, foram adquiridas aeronaves Douglas DC-4. Algumas dessas aeronaves iniciaram importantes serviços internacionais para a Europa, como Roma e Londres. Também foram usados nas rotas da América Central, porém, o longo percurso não fazia desta aeronave a ideal para a rota.
Em 22 de setembro de 1946 operou no Brasil com Douglas DC-4 na rota Madrid – Villa Cisneros – Natal – Rio de Janeiro – Montevidéu – Buenos Aires. Em julho de 1954 os Lockheed L1049E Super Constellations foram introduzidos nos voos de longa distância, inaugurando assim a rota de New York. Em 1957 a Iberia recebeu os L1049G ‘Super-G’ Constellation e ainda chegaram os Convair 440 que substituíram os Dakota.
Em 1961 a Iberia entrou na era do avião a jato, com a chegada do Douglas DC-8-50 que gradativamente substituíram os Super Connies. Os Caravelles 6R foram encomendados um ano após e substituíram os DC-4. A empresa chegou a utilizar também os Caravelle 12R. Em 1967 chegaram os Douglas DC-9-32 para substituir os Caravelles. Em 1970 o grande Douglas DC-8-63 foi adquirido.
Em 1970 os Convair 440 eram substituídos por 3 Fokkers F28. Em 1972 a Iberia encomendou 16 Boeing 727-200 para substituir os Caravelles, que foram repassados a empresa charter Aviaco. Em 1973, para substituir os Douglas DC-8-63, os Douglas DC-10 foram comprados e utilizadas em rotas de grande demanda de tráfego na Europa.
Para os voos transoceânicos, o Boeing 747-200 entrou no lugar dos DC-10, principalmente na rota de New York. Os DC-10 permaneceram em várias dessas rotas ainda, por que, em 1981, com a chegada dos Airbus A300, a Iberia tinha um novo equipamento para as rotas de médio alcance.
Em 1984 a empresa operava três voos semanais para o Rio de Janeiro com Douglas DC-10-30. Em 88 aumentou para quatro voos semanais para São Paulo via Rio e um Rio – Buenos Aires. Nos anos 80 ainda chegaram os Boeing 737-300 e 757-200 e nos anos 90, 17 McDonnell Douglas MD-87 chegaram para substituir 29 Douglas DC-9.
Em 1993 a Iberia adquiriu 20% da Aerolineas Argentinas. Em 1995 passou a ter 83% e no final dos anos 90 se retirou da administração da empresa.
A VIASA, da Venezuela, também foi adquirida pela Iberia. Porém, com várias complicações financeiras, a Iberia se retirou de sua administração e consequentemente viu a VIASA cessar suas operações.
Em meados de 90 chegaram vários Airbus A320 para substituir os DC-9 que ainda estavam na frota. Em 1996 passou a utilizar o Airbus A340-300 na rota para São Paulo, Bogotá, México e New York. Em 1997 a Iberia operou para Madrid quatro frequências com Boeing 747-200 partindo do Rio e cinco com Airbus A340 partindo de São Paulo. Em 1999 chegou o Boeing 767-300ER e Airbus A340. Neste ano seus voos para o Brasil eram alternados entre o Douglas DC-10-30 e o Boeing 767-300ER.
Em 2000 São Paulo era atendida seis vezes por semana com o Airbus A340-300 e o Boeing 767-300ER atendia o Rio de Janeiro outras três vezes. Em 2001 o Rio ganhou duas frequências extras com o Airbus A340-300. No final de 2003 a rota Rio – Madrid ganhou a presença do Airbus A340-600. Em abril de 2010 concluiu seu processo de fusão com a British Airways, através da IAG International Airlines Group, mantendo porém as operações e marcas separadas. Em 10 de fevereiro de 2011 iniciou o trecho Madrid – Recife – Fortaleza – Madrid, que operou até 2 de novembro. Em junho de 2011 iniciou operações no trecho Barcelona – São Paulo. Em 2012 passou por um grande processo de reestruturação, incluindo corte de pessoal e rotas deficitárias.
Em dezembro de 2014 iniciou um acordo de codeshare com a TAM, operando nos mesmos terminais tanto em São Paulo no T3, quanto em Madrid no T4. Em fevereiro de 2015 recebeu seu primeiro Airbus A330.
Como sinal da recuperação gradual que a Iberia vive em todos os mercados onde opera, a companhia aérea retomou o cronograma de entrega de aeronaves afetadas pela pandemia. Especificamente, no primeiro semestre de 2022, a empresa adicionará nove aeronaves à sua frota, três A350-900 para rotas de longo curso e outros seis A320neo para rotas de curto e médio curso.