Empresas aéreas da Europa e da África prometeram hoje cancelar seus vôos para os Estados Unidos para não ter que se submeter à exigência de colocar policiais armados em seus aviões. As declarações da South African Airways e da Thomas Cook Airlines, o braço aéreo da segunda maior agência de viagens da Europa, aprofundaram a controvérsia em torno da decisão do governo norte-americano.
Na Grã-Bretanha, onde o medo de atentados no Natal e no ano-novo levou ao cancelamento de vôos para a Arábia Saudita e para os EUA, outra aeronave teve sua partida adiada durante a noite porque a vistoria de segurança não se completou a tempo. O Vôo BA183, da British Airways, de Londres para Nova York, com 262 passageiros, deve partir com quase um dia de atraso, às 13h30 (horário de Brasília), disse a empresa.

Os pilotos britânicos, insatisfeitos com a presença de policiais em seus aviões, devem se reunir com o ministro dos Transportes da Grã-Bretanha, Alistair Darling, na terça-feira para pressionar pela aprovação de um acordo regulando a presença de homens armados nas aeronaves. “O fato de haver pessoas com armas e balas atrás de você em uma cabine pressurizada não é reconfortante”, afirmou um porta-voz da Associação de Pilotos das Empresas Aéreas Britânicas.

A Associação quer que o governo britânico crie regras gerais para a presença de policiais nos aviões. As principais exigências são de que o capitão da aeronave mantenha o controle sobre o vôo, que saiba quem são e onde estão os policiais e que apenas sejam usados alguns tipos de armas.

FONTE: Reuters – Fernando Valduga, Aviação Bras – Porto Alegre/RS

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