A Austral Líneas Aéreas entrou em operação regular no Brasil em 2014 apesar de ter efetuados vários voos não regulares nos anos 90 e 2000 para o Brasil. A empresa, que pertence ao mesmo grupo da Aerolineas Argentinas vem mudando sua estratégia de rotas e notamos que houve uma queda na sobreposição de rotas internacionais entre as empresas. Abaixo publicamos dados recentes atualizados pelo Portal Aviação Brasil sobre sua operação no Brasil:

Total de Passageiros Transportados na rota de e para o Brasil em 2019:
75.788 (-24,34% comparado a 2018)

Representatividade de participação de mercado comparado com todas as empresas estrangeiras e nacionais que operam rotas internacionais regulares e não regulares no Brasil:
0,31%

Total de Passageiros Transportados na rota de e para o Brasil, de janeiro a maio de 2020 comparado com 2019:
10.445 (-78,65%)

Participação de mercado entre o seu país de origem e o Brasil em 2019:
2,09%

Participação de mercado entre o seu país de origem e o Brasil, de janeiro a maio de 2020:
1,26%

Principais concorrentes na rota Brasil – Argentina (participação de mercado – 2019):
Gol Linhas Aéreas: 28,08%
Aerolineas Argentinas: 26,54%
Latam Airlines Brasil: 19,33%

Histórico de Passageiros Transportados

Abaixo apresentamos o desempenho da empresa com dados históricos e inéditos, produzidos pelo Portal Aviação Brasil. O ano de 2015 foi o auge da Austral operando em céus brasileiros, operando em várias bases com seus Embraer 190. A estratégia da empresa foi se redesenhando e passou a não competir diretamente com a Aerolineas Argentinas, não sobrepondo voos entre cidades no Brasil. Como resultado, em 2019, seu número foi quase 25% menor do que o obtido em 2018, em volume de passageiros transportados.

Rotas operadas no Brasil em 2019 e sua participação de mercado na rota:

Produção: Aviação Brasil

Buenos Aires (Ezeiza) – Curitiba: 6,01%
Buenos Aires (Ezeiza) – Porto Alegre: 46,36% com crescimento de 45,47%
Buenos Aires (Ezeiza) – Rio de Janeiro (GIG): 0,02% com queda de 95,33%
Buenos Aires (Ezeiza) – São Paulo (GRU): 0,76% com queda de 75,28%
Córdoba – Florianópolis: 74,46% com crescimento de 35,40%
Córdoba – São Paulo (GRU): 0,14%
Rosário – Rio de Janeiro (GIG): 8,64% com crescimento de 253,34%

Nos últimos anos, observamos mudanças de foco da Austral em suas rotas no Brasil. Em 2017 Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo eram as três bases estratégicas da companhia. Em 2018 Guarulhos e Porto Alegre passaram a ter essa visão mais consolidadora. Em 2019 Porto Alegre respondeu por quase 60% do tráfego da companhia no Brasil e pelo que analisamos, em 2020 será o foco principal, não confrontando diretamente com a Aerolineas Argentinas.

Rotas descontinuadas no Brasil em 2020:
Buenos Aires (Ezeiza) – Curitiba
Buenos Aires (Ezeiza) – Rio de Janeiro (GIG)
Buenos Aires (Ezeiza) – São Paulo (GRU)
Córdoba – Florianópolis
Córdoba – São Paulo (GRU)
Rosário – Rio de Janeiro (GIG)

Rotas a serem acrescidas no Brasil em 2020:
Buenos Aires (Ezeiza) – Florianópolis
Buenos Aires (Ezeiza) – Salvador

Histórico da Empresa

A Austral nasceu no início de 1971 através da fusão de duas empresas, a Austral, Companhia Argentina de Transportes Aéreos e a ALA, Aerotransportes Litoral Argentino. A empresa começou operando com uma frota de aviões BAC-1-11 e NAMC YS-11.
Em 1981 começaram a chegar os McDonnell Douglas MD-81 e MD-83 para substituir velhos BAC-1-11-200.

Em julho de 1991 passou a ser controlada pela espanhola Iberia que reorganizou sua malha junto a da Aerolineas Argentinas e passou a realizar charters para São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 30 de abril de 1993 aconteceu o primeiro voo da Inter Austral, um projeto de empresa finder-line que ligava pequenas cidades aos voos da Austral. Chegou a utilizar 2 CASA 235 na Inter Austral configurados para 44 passageiros.
Em março de 1996 criou a Austral Express, que ligava Buenos Aires a Rosário, Pico e Rio Cuarto, ocupando o lugar da Inter Austral que deixou de voar em julho de 1995. A Express voou até 1999 quando da devolução de suas aeronaves à Iberia.
Em 1998 os Douglas DC-9 começaram a ser retirados da frota.

Em 29 de junho de 2002 começou a voar para São Paulo, Santiago e Caracas, ano em que iniciou processo de fusão com a Aerolineas Argentinas.
Em 2004 recebeu 2 MD-83 para atender destinos no exterior. Como passo importante da modernização da frota, encomendou aeronaves Embraer 190 para substituição de sua antiga frota de jatos McDonnell Douglas.

Em agosto de 2012 passou a integrar a SkyTeam junto com a Aerolineas Argentinas e em 2014 iniciou voos para o Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis. Em 2013 passou a voar também para Belo Horizonte e Porto Alegre. Em 2014 suas expansão no Brasil continuava, abrindo as bases de Brasília e Curitiba. A readequação de malha passou a vigorar a partir de 2017 quando deixou de operar em Belo Horizonte e Brasília. Em 2018 chegou a operar em Foz do Iguaçu, mas somente devido obras no aeroporto de Iguazú, na Argentina, que desviavam suas operações para o aeródromo mais perto, neste caso, o de Foz do Iguaçu.
Por enquanto, em 2020, seu principal destino no Brasil é Porto Alegre, tendo efetuado voos para o Rio de Janeiro e Salvador durante os primeiros meses do ano.

Voos em Operação do Brasil

Todos os voos estão suspensos até 1º de setembro de 2020

Frota Atualizada

Sua frota de 26 aeronaves Embraer 190 foi transferida para a Aerolineas Argentinas, em dezembro de 2020, como parte do processo de fusão e absorção da companhia aérea.

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